1 de fevereiro de 2010

Sartre, Lincoln e o BBB 10

Vou te falar uma coisa. Big Brother Brasil é muito bom. Babacas Brigando e fazendo Barraco por qualquer Bobagem. O BBB é a comprovação in vitro da afirmação de Sartre: O inferno são os outros.

Eu sempre desprezei esse programa por achar que se tratava de um despropósito absoluto, uma manifestação perfeita da falta de conteúdo do entretenimento televisivo. Eu estava enganado. Por increça que parível o BBB tem conteúdo. O conteúdo do programa é a falta de conteúdo das pessoas.

Por conteúdo, podemos entender os valores morais e éticos, os conceitos e preconceitos e principalmente a educação e boas maneiras das pessoas. Alí fica tudo exposto, como numa jaula sob a obseravação constante de dezenas de câmeras e milhões de espectadores. Não dá pra fingir. Não o tempo todo. Alí cedo ou tarde todos os participantes se mostram como são, em suas qualidades e virtudes.

Como disse Abraão (lincoln, não o bíblia) “Alguém pode enganar poucos por muito tempo, muitos por pouco tempo, mas não todos por todo o tempo".

E sob esses aspectos sociais, antropológicos e até psicológicos, o programa é um prato cheio para quem gosta de observar o comportamento humano. É uma oportunidade singular de estudar (e julgar também, claro. Nada mais gostoso que vibrar com a indicação de Tessália para o paredão) o desenvolvimento dos relacionamentos. É a novela da vida real.

Essa aí de cima vai rodar rapidinho. Mala demais (mais chata que eu, até).