6 de junho de 2010

Robin Hood (2010)

A lenda de Robin Hood é bastante conhecida e já serviu para dar fôlego a inúmeros personagens dos mais diversos livros e filmes. Trata-se do fora-da-lei que rouba dos ricos para dar aos pobres. A história do herói se passa na Inglaterra do século XIII que se encontra órfã do ei Ricardo coração de Leão, um cara muito doido que abandona o país para se meter lá na Palestina e Jerusalém a fim de converter (entenda-se matar e saquear) os muçulmanos infiéis.

Com a ausência do rei, seu irmão mais novo usurpa o trono e começa a aprontar as mais loucas picardias, como aumentar os impostos e maltratar a população, queimando vilas e destruindo castelos e propriedades de quem não paga direitinho. Nesse cenário se levanta Robin de Loxley aka Robin Hood (apelido dado por causa do chapeuzinho com uma pena que o rapaz usava) que, juntamente com seus comparsas, passa a saquear as carruagens reais que ousam atravessar a floresta de Sherwood. Robin Hood é famoso por sua extrema habilidade com o arco-e-flecha, algo semelhante a Légolas de Senhor dos Anéis.

Robin Hood Begins

O que há de diferente e interessante nesse novo filme - mais uma dobradinha Ridley Scott/Russel Crowe, a dupla famosa de O Gladiador -  é que a trama conta a história de Robin antes de virar Robin Hood. O filme conta como tudo aconteceu. Portanto, não é a mesma história do Robin hood encenado por Kevin Costner, por exemplo.

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Além disso, o roteirista teve a liberdade de alterar alguns fatos da lenda original. A principal alteração diz respeito ao próprio Robin, que no filme não é Robin de Loxley o nobre cavaleiro, mas sim Robin Longstride, outra pessoa. Achei interessante a história criada para transformar Robin Longstride em Robin de Loxley, assumindo sua identidade. Isso serviu para conferir mais profundidade ao personagem.

O que há de ruim

O principal defeito do filme certamente é a sua duração. São duas horas e meia de projeção, que testam a paciência de qualquer cristão (ou mulçumano). Não tenho dúvida de que há diversas cenas desnecessárias ou demasiadamente compridas, que poderiam ser encurtadas e até mesmo eliminadas, para favorecer a fluência da história. Por causa disso, o filme se torna um pouco cansativo e monótono, o que faz diminuir seu impacto sobre o expectador.

O que há de bom

Além da boa idéia de ser um filme que pretende contar a gênese de Robin Hood, a produção é muito bem feita, com atuações interessantes dos protagonistas Crowe e Kate Blanchet, que faz o papel de Maid Marion, no caso viúva em vez de maid. Contudo, os personagens coadjuvantes são quase todos rasos e caricatos, como João Pequeno e o próprio rei João, que mais parece um idiota. Contudo o Frei gordinho do hidromel e o Sir Walter de Loxley estão muito bons e suportam satisfatoriamente o enredo.

No frigir dos ovos

É um filme que até vale a pena ver, embora não esteja à altura da filmografia de Ridley Scott, que fez o totalmente excelente Rede de Mentiras em 2008, e do próprio Russel Crowe, o eterno gladiador. Cumpre bem o papel de contar uma história, nada mais.

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