26 de julho de 2010

Diário de um Banana (2010)

Não é fácil ser criança. Não é nada fácil estar naquela fase entre a infância e a adolescência, na qual somos forçados a escolher constantemente entre crescer ou permanecer na inocência. Pena que o filme é uma merda e não mostra isso direito.

Diary of a Wimpy Kid é um filme baseado em um romance em quadrinhos de mesmo nome, e de muito sucesso nos Estados Unidos. Trata-se da história de um moleque lá pelos seus dez, onze anos, um pouco precoce, que tem dificuldades em se adaptar à sua entrada na pré-adolescência. Blá, blá blá…

Vamos aos fatos

Filminho chato pra cacete, raso no conteúdo, fraco nas interpretações, abusa de lugares comuns e soluções pra lá de fáceis. É um filme para crianças, mas daqueles que um adulto não consegue assistir. Só para fazer uma comparação (pra não dizer uma surra) a série de TV Everybody Hates Chris, que aborda o mesmo tema, dá de mil a zero no filme.

O protagonista da estória, o tal do Greg Heffley, é – com o perdão da sinceridade – um baita de um manézinho. O moleque só faz merda o filme todo, e é egoísta e sacana ao extremo. E o pior é as atitudes idiotas dele não são nada justificáveis. Ele não conseguiu criar nenhum vínculo convincente e muito menos despertar a menor empatia de minha parte. Aí só restou torcer o nariz e assistir o filme com um certo desgosto.

Um filme sem supressas

O pior defeito do filme é não conseguir surpreender o expectador em momento algum. Tudo o que acontece é previsível demais, fácil demais. Exemplos (nem vou me dar ao trabalho de evitar uns spoliers, na verdade é um favor que te faço): Quando Greg se tranca no quarto para fugir do seu irmão mais velho, que fica esperando na porta, é óbvia a piadinha infame do sapato vazio. quando Greg vai fazer a audição para o musical da escola, e todos começam a cantar muito mal, é óbvio que ele iria de destacar e cantar bem. E por aí vai…

O elenco de suporte é fraco, muito fraco. Não tem nenhum personagem que não seja extremamente caricato, e as piadas e gags são de doer os ovos. A tal história do cheese touch, e seu desfecho, é a coisa mais imbecil, e chega a dar raiva de ver.

No frigir dos ovos

Não assista esse filme, se você já passou dos 10 anos. Zoo-wee-mamma!