8 de outubro de 2009

Google, esse malandrinho.

Em 2008 o Google completou sua primeira década de existência e, para comemorar, lançou a campanha Projeto 10^100. Para quem não sabe, o nome Google vem de googol, que significa o número 1 seguido de 100 zeros. É um número grande pra cacete. Pra você ter uma idéia, esse número é quase tão grande quanto a estupidez humana.

Pense num troço grande.
Nada melhor para representar esses 10 anos do que uma campanha que envolvesse toda essa simbologia.

Sendo assim, o povo de Mountain View pediu aos seus fanáticos seguidores usuários que enviassem idéias que acreditassem ter o potencial de transformar o mundo em um lugar melhor, e para as melhores idéias seriam doados 10 milhões de doletas. Não pelo valor em sí, mas pelo significado contido no número 10. Campanha padrão: Empresa faz 10 anos e doa 10, 10 mil ou 10 milhões de alguma coisa.

Mas teve gente que achou ruim. Maurício acha que esse valor é muito pouco pra mudar o mundo. Eu também acho.
10 milhões não mudam o mundo, nem 10 trilhões e nem todo o dinheiro da caixa-forte do tio patinhas (que é aproximadamente um googol de patacas). O problema do mundo não é o dinheiro ou a falta de dinheiro. O problema do mundo somos nós.

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O mundo só muda se nós mudarmos (por isso eu acho que o mundo vai continuar assim por muito tempo). O Larry sabe disso. Ele não é bobo de achar que qualquer campanha marketeira muda alguma coisa e nem quer nos fazer acreditar nisso.

Para mim, eles somente querem nos mostrar a ferramenta que temos nas mãos, e que nunca tivemos antes. Possibilidade quase infinita de colaboração. A internet quebra praticamente todos os limites de tempo e espaço no compartilhamento de idéias. É isso que eles querem mostrar. Talvez isso seja um fato tão flagrante que não estejamos enxergando.

Há exatamente vinte anos se comemorou o centenário da revolução francesa. Eu lembro de uma conversa com meu pai, na qual falamos sobre a essa revolução e também sobre a revolução industrial. Foi quando ele me disse que a próxima revolução que o mundo iria conhecer seria a revolução do conhecimento. Na época eu não entendí direito o significado daquilo – eu era muito novo – mas hoje, além de entender o que ele disse, vejo que pela primeira vez na história temos meios para por em prática essa revolução.

Quando o homem conhecer a sí mesmo, conhecerá tudo o que precisa.

Amém? Vamos passar a sacolinha…

2 comentários:

  1. Hahaha! Estava ótimo até a penúltima frase..você é ri-dí-cu-lo! Pena que é tão inteligente..rs. Mas essa penúltima frase disso tudo mesmo; temos meios para por em prática essa revolução, mas o homem está querendo lutar, cada vez mais, pelos objetivos errados. Bjs!

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  2. Esse post é muito inteligente para eu comentar. Vou esperar por um mais fácil para loiras. kkkkk
    Bjos

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